terça-feira, 8 de novembro de 2016


“A literatura é a expressão da sociedade, assim como a palavra é a expressão do homem”.


 "Deverá uma imagem ser visível? Se assim é, como descrever a utilização de 'imagens' em textos literários? Ou, digamos ainda, de elementos imagísticos nas transmissões  de pensamentos.

Questionamentos como esses nos instigam demasiadamente e eis uma das razões que sempre nos tornaram motivados a criar um espaço como esse, especialmente dedicado a alguém que, com toda certeza, interessa-se em dar respostas a essas questões. Dessa forma, ao se interagir com todas as informações que aqui se encontram elucidadas, perceberá que essa arte caracteriza-se por intermédio da palavra. Uma palavra não concebida apenas como um mero aglomerado de letras, que talvez se prime somente por retratar uma determinada informação, que se preste apenas ao serviço de oferecer uma instrução, mas sim uma palavra modificada, “adornada” seria o vocábulo mais pertinente nesse momento, carregada de imagens simbólicas, de recursos expressivos, enfim de todos os caracteres capazes de fazer com que o ser humano, leitor acima de tudo, desperte as emoções......
''A literatura produz  frutos de conhecimento''

Em 1977 é publicada uma das obras mais celebre da autora Clarice Lispector" A hora da Estrela", fontes dizem ser uma despedida da autora antes de sua morte. Obra muito rica que escreve com eixo inicial filosófico, com o qual focaliza os limites do conhecimento do mundo por meio do jogos de palavras,o segundo eixo de âmbito social que investiga os confrontos gerados entre os seres humanos as condições de vida enfrentada  no seu cotidiano.
Em suma,a narrativa relata a história de uma moça por nome Macabéa de 19 anos nordestina alagoana que cursou o terceiro ano primário, criada desde os dois anos de idade pela tia, após a morte de sua mãe. Em meio a tanta pobreza, elas migram para o Rio de Janeiro em busca de novas condições de vida.
Macabéa moça ingênua, sonhadora, se vê obrigada a trabalhar, com o falecimento da sua tia, ela consegue um emprego como datilografa, no trabalho, a moça conhece Glória e se tornam amigas. Macabéa sonha com uma vida de luxo, sonha com uma alimentação de qualidade, no entanto a moça vive em extrema miséria só alimentava de cachorro quente e refrigerante. Nesse ínterim ela conhece Olímpio de Jesus que se torna seu namorado, ele, metalúrgico também nordestino de carácter ambicioso e orgulhoso, contudo era muito ríspido com a moça, ele a tratava muito mal, logo, Olímpio a troca por sua amiga Glória, pois Glória tinha boas condições financeiras.
Glória se arrepende por roubar o namorado de sua amiga, e a aconselha a procura uma cartomante, Macabéa aceita o conselho da amiga e  procura a cartomante, ela faz confidências sobre sua vida pessoal,ao saber que a moça é oriunda do nordeste prediz um futuro maravilhoso, que ela iria se casar com um lindo homem  loiro e rico que lhe daria uma vida de luxo, ao sair da casa da cartomante vislumbrada com as palavras da cartomante, Macabéa é atropelada por uma Mercedes amarela guiada por um lindo loiro e cai no asfalto onde morre.

domingo, 30 de outubro de 2016

Jovens e Literatura: Afinal, o que eles têm lido?

Difícil imaginar uma grande editora brasileira sem ótimos profissionais de marketing. Vender livros é coisa para profissional e para um grande apelo publicitário. O público favorito não poderia ser outro: os adolescentes.
         Porém, fica sempre a pergunta que muitos especialistas acabam por discordar: os jovens têm lido ou não no Brasil? Poderíamos ficar horas e horas discutindo sobre essa questão, mas talvez o debate seja a parte menos importante nesse discurso. Precisamos nos perguntar o que esses jovens têm lido.
         Sabemos que o conceito/classificação juventude surgiu a pouco tempo e desde então tem sido explorada por todos os sistemas econômicos. Antes da fase criança você passava direta para a adulta, simples assim, sem livros focados apenas para esses adultos em transição.
         Hoje convivemos com os espinhentos e parecem que eles lêem e lêem muito, entretanto os livros nacionais não parecem ser os seus favoritos.
         Séries como Harry Potter (escrita por J.K, uma irlandesa), Crepúsculo ( escrita por uma norte – americana)  entre tantas outras fazem a cabeça dos jovens e enchem os bolsos das editoras ( já que cerca de apenas dez por cento fica para os escritores). Esses livros, que muitas vezes se transformam em filmes de muito sucesso, possuem capas instigantes, histórias românticas de amores impossíveis e traduções com uma linguagem bastante acessível.
         Difícil é despertar os adolescentes leitores aos grandes clássicos que sempre são apresentados de forma enfadonha e limitadora nas escolas, criando dentro dos alunos um grande desprezo antes mesmo da tentativa de ler tais livros.
         Não podemos condená-los. Tais livros são mesmo muito bons. E olha que nem falei de John Green, meu amado escritor que sempre toca em questões humanas pra lá de complicadas. O que poucos não saibam é que possuímos no nosso Brasil escritores igualmente famosos entre os jovens, mas pouquíssimo visto dentro das salas de aula.
         Como exemplo podemos citar a escritora Paula Pimenta, mineira que já vendeu mais de cem mil livros, entre eles títulos como “Fazendo meu filme” e o “Diário de Fani”. Outro nome muito conhecidos dos jovens que curtem ler distopias está Eduardo Spohr, com a saga “Filhos do Éden”. Temos também Thalita Rebouças, com a série “Fala Sério!” e Raphael Draccon, da mega série “As Crônicas de Gelo e Fogo”.

         Talvez não nos caiba julgar esses jovens, porém sim orientá-los para que leiam de tudo, sem qualquer preconceito. Jamais podemos impor algo para os mesmos porque isso só aumentaria a rejeição com os clássicos. E também cabe a nós professores, pais, tios, avós, lermos também essas literaturas como forma de entender nossos “quase adultos".


Para saber mais: <http://sobresagas.com/top-5-autores-infanto-juvenis-nacionais/> .

sábado, 15 de outubro de 2016

Grimaulde : Literatura e muitos livros

         
A Literatura é uma espécie de flor rara que nasce nos corações de pessoas especiais o bastante para entendê-la e até mesmo recriá-la. Grimaulde é um desses caras raros que não se encontra por aí e que cria e recria o seu próprio mundo através de seus livros.
         Entrevistá-lo é enriquecer-se de vida, pois é disso que suas palavras estão cheias. Dono de uma simpatia e educação única tive a honra de tê-lo comigo por alguns minutos e conto aqui um pouco de sua trajetória como escritor e acima de tudo, como grande amante de literatura.
         Grimaulde da Guia Gomes é escritor, jornalista e desenhista, além de designer gráfico e programador de computadores nas horas vagas. Membro da Academia Brasileira de Letras, Ciências e Artes de Várzea da Palma e membro honorário da Academia de Letras e Artes da cidade de São Francisco, é apaixonado por romances históricos e teoria da conspiração e são esses os temas sempre presentes em seus livros.
         Suas obras consistem em: “Gotterdammerung: Os deuses não são eternos” (2013), “O Último Messias” (2015), “O Anticristo: o alvorecer de uma nova ordem mundial” (2016), além de ter participado de uma “Antologia Poética”.
         Abaixo, a nossa entrevista que conta um pouquinho da caminhada desse guerreiro das letras (e da vida).